quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O segundo dia

Bem, como eu ia dizendo, eu chorei a primeira noite todinha. É claro que a Mamãe ficou comigo, mas estava fazendo um frio danado, e eu sentia muita falta da minha mãe biológica e dos meus irmãozinhos caninos. 




Logo pela manhã, Mamãe, (que desde a noite anterior, me olhava desconfiada e dizia: "- Poodle com cocker...sei!!!") me pegou no colo e disse: 
"- Hora de fazer sua primeira visita ao médico veterinário, sua chorona!". 
Chegamos ao consultório da veterinária (que por motivos óbvios, eu conheço por "Tia do termômetro"! ), Mamãe me colocou em cima da mesa de exames e disse: 
"- Verônica, se esse bichinho for um poodle com cocker, eu encolho!".
 Essa é a expressão que Mamãe usa quando duvida de algo. Papai, que estava junto, só ria.
A Tia do termômetro me examinou todinha, olhou, olhou, olhou, me virou e disse:
 "- Ela é linda, mas...é vira lata mesmo! Sem qualquer traço de poodle ou cocker! E eu acho que ela não está bem de saúde."
Mamãe, que sonhava ter um poodle, neste momento decidiu que não ficaria comigo. Chegou a colocar uma plaquinha me oferecendo para adoção. E o papai apoiou! Hunff!
Após essa consulta, entramos no carro, e rumamos para minha primeira viagem para a casa de praia. Vomitei um pouco, pois nunca tinha ficado tanto tempo chacoalhando dentro de um carro.
Quando chegou a noite, comecei a passar mal. Tive muitos episódios de diarreia, e comecei a ficar fraca. Muito fraca... Mesmo que eu tentasse ficar em pé e andar, eu não conseguia. Já era bem tarde quando finalmente, depois de muitas tentativas, Papai conseguiu falar com a Tia do Termômetro! Foi uma longa noite,  em que Mamãe me deu soro e leite condensado de hora em hora. Do leite condensado, eu até gostei, mas o soro era bem ruim!
 Quase amanhecendo o dia, Papai foi me ver e achou que eu estava morta...e o pior, bem ao lado da Mamãe, que havia dormido no chão da sala, ao lado da minha cama-caixinha! Ele mexeu comigo, chamou, deu uma chacoalhadinha...e somente depois de um tempo eu me mexi. Ele suspirou aliviado, e somente depois chamou a Mamãe! Nós duas estávamos dormindo profundamente, e exaustas depois de uma noite difícil. O dia foi passando, e eu fui melhorando. Continuei tomando o soro e uns remédios horríveis, que me enfiavam goela abaixo. 
Eu era muito pequena, e é claro, que meus pais adotivos tinham medo que eu não suportasse a tal da giardiose.
 Aliás, eu era quase do tamanho do celular do Papai. Você duvida? Olhe a foto que prova isso!


Agora, vou jogar bolinha!
 Depois eu volto para contar mais um pouco, e falar das irmãs de quatro patas que encontrei no meu novo lar...

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